Meio Ambiente
UE fecha acordo sobre legislação climática, meta de emissões mais dura para 2030
A União Europeia fechou um acordo na madrugada de quarta-feira sobre uma lei de mudança climática que compromete o bloco a reduzir pela metade suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até o final da década, escreve Kate Abnett.
O acordo chega bem a tempo para uma cúpula de líderes mundiais organizada pelo governo dos EUA na quinta e sexta-feira, onde a UE e outras potências globais irão promover suas promessas de proteger o planeta.
A lei climática europeia estabelece a estrutura que orientará os regulamentos da UE relacionados com o clima nas próximas décadas, orientando-a no sentido de atingir zero emissões líquidas até 2050. Esse é um caminho que, se adotado globalmente, limitaria os aumentos da temperatura global a 1.5 grau acima do valor anterior. -níveis industriais e evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
Após meses de disputas e uma noite inteira de negociações na terça-feira, os negociadores que representam o Parlamento Europeu e os 27 governos da UE concluíram a lei. O acordo ainda precisa da aprovação formal do parlamento e dos governos nacionais.
A meta de reduzir as emissões líquidas em toda a UE em pelo menos 55% até 2030, em relação aos níveis de 1990, substitui a meta anterior de redução de 40%. Em 2019, as emissões da UE já eram 24% menores do que em 1990.
Os legisladores da UE queriam ir além para 60% até 2030. Ativistas ambientais disseram que o corte deveria ser de 65%.
Os negociadores concordaram em limitar a quantidade de remoções de emissões que podem ser contadas para a meta de 2030, a 225 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
O objetivo é garantir que a meta seja cumprida cortando as emissões de setores poluentes, em vez de depender da remoção de CO2 da atmosfera por meio de florestas e pântanos que absorvem carbono.
A meta de 2030 prepara o terreno para um grande pacote de regulamentações da UE, previsto para junho, para reduzir as emissões mais rapidamente nesta década. Eles incluirão propostas para renovar o mercado de carbono da UE, padrões mais rígidos de CO2 para carros e uma tarifa de fronteira para impor custos de CO2 nas importações de produtos poluentes.
A lei do clima exige que Bruxelas crie um corpo independente de 15 especialistas em ciências do clima, para monitorar e aconselhar sobre as políticas climáticas da UE.
Deve também calcular um orçamento de gases com efeito de estufa para confirmar as emissões totais que a UE pode produzir entre 2030-2050, sem contrariar os seus objetivos climáticos.
"Este é um momento marcante para a UE. Chegamos a um acordo ambicioso para transformar nossa meta de neutralidade climática em legislação vinculativa, como um guia para nossas políticas para os próximos 30 anos", disse o vice-presidente da Comissão, Frans Timmermans, em um comunicado.
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