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#AntiDumpingPolicy: Como a UE luta contra as práticas comerciais desleais
Descubra que medidas a UE pode tomar contra as importações objeto de dumping, com que frequência atua e como a política antidumping da UE está a ser melhorada.
A legislação antidumping é uma instrumento de defesa comercial que a UE pode usar contra práticas comerciais desleais. Este guia explicará a política, que é fundamental para proteger os empregos e as empresas europeias.
Por que a UE aplica medidas antidumping?
A UE é a favor do comércio livre, que cria emprego e riqueza. No entanto, o comércio pode ser interrompido quando os países subsidiam injustamente os produtos ou produzem em excesso e vendem a preços reduzidos em outros mercados.
Isso dificulta a concorrência de outras empresas e pode levar ao fechamento de empresas domésticas e demissões. Para proteger as empresas e os trabalhadores, a UE poderá ter de recorrer a medidas anti-dumping ou anti-subvenções.
A UE pode impor multas a países não pertencentes à UE se forem encontrados produtos de dumping na Europa. A multa assume a forma de direitos antidumping ou tarifas sobre os produtos objeto de dumping.
No entanto, a UE deve respeitar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Qual é o papel da OMC?
A OMC é uma organização internacional de 164 membros que regula o comércio global. Estabelece a estrutura para a negociação de acordos comerciais e tem regras para a resolução de disputas. Os países da UE são geralmente representados pela Comissão.
Ao lidar com práticas comerciais desleais, os membros da OMC concordaram em seguir os procedimentos da organização, facilitando a resolução de disputas. As regras incluem um procedimento sobre como responder se outros países despejarem produtos a preços artificialmente baixos em seu mercado.
Como funciona o procedimento de imposição de direitos antidumping?
Antes que a UE possa iniciar uma investigação, os produtores da UE devem apresentar uma reclamação. De acordo com as regras da OMC, a UE deve provar que a indústria da UE foi prejudicada por causa de produtos subsidiados ou objeto de dumping
Como são calculados os direitos antidumping?
O cálculo dos direitos antidumping é um negócio complicado. Os fatores levados em consideração incluem a diferença entre o preço de exportação e o preço no país de origem.
Com que frequência a UE utiliza medidas anti-dumping?
A UE utiliza menos instrumentos de defesa comercial do que muitas jurisdições: apenas 0.21% das importações da UE são afetadas. Mas a proteção contra produtos objeto de dumping e subsidiados provou ser vital para uma série de indústrias da UE.
Qual é o país mais ofensor?
O principal alvo dos direitos antidumping da UE é a China. Em outubro de 2016, havia impostos contra mais de 50 produtos chineses diferentes, principalmente alumínio, bicicletas, cimento, produtos químicos, cerâmica, vidro, papel, painéis solares e aço.
Como a UE está melhorando as regras?
Em novembro de 2017, os eurodeputados adotaram regras mais duras para combater importações injustamente baratas. As melhorias incluem:
- O impacto do dumping social e ambiental será levado em consideração ao decidir sobre as medidas antidumping
- A Comissão Europeia deve monitorar as circunstâncias nos países exportadores. As empresas da UE podem usar esses relatórios ao apresentar reclamações
Os eurodeputados aprovaram adicional regras que permitem à UE impor tarifas mais elevadas às importações objecto de dumping ou de subvenções em maio 2018:
- A UE poderá estabelecer tarifas mais altas sobre produtos objeto de dumping e subsidiados
- As investigações antidumping serão significativamente mais curtas
- Um help-desk para PME tratará de reclamações e procedimentos de investigação; sindicatos serão envolvidos em investigações e avaliarão os direitos a serem impostos
- Todos os produtos que chegam à UE serão rigorosamente monitorados desde o momento em que uma investigação é notificada até o seu início e registro, para evitar acúmulo
- As regras serão estendidas às zonas de exclusão econômica (usadas principalmente para produção de energia)
Ambas as propostas entrarão em vigor logo que o Conselho as tenha aprovado e publicadas no jornal oficial da UE.
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