"Na sequência da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJEU) e após avaliação jurídica e consultas relevantes, a Frontex decidiu suspender todas as suas atividades operacionais no terreno na Hungria", disse a agência.
"A Frontex espera retomar suas atividades na Hungria depois que a decisão do TJUE for implementada na legislação nacional", disse a agência em um comunicado.
A suspensão, que provavelmente entrará em vigor até que a Hungria esteja novamente em conformidade com as leis de imigração da UE, significa que cerca de 40 funcionários da Frontex, incluindo guardas de fronteira, retornarão às suas unidades de origem, na Hungria ou em outros países da UE.
O Tribunal de Justiça da União Europeia disse em 17 de dezembro que a Hungria violou as leis da UE sobre a proteção de migrantes e refugiados vulneráveis ao negar-lhes o direito de solicitar asilo e deportar pessoas à força para a fronteira com a Sérvia.
A decisão, que legalmente exige que a Hungria mude sua política ou potencialmente enfrente multas, foi a última rejeição pelas instituições da UE das medidas anti-imigração do primeiro-ministro Viktor Orban desde a crise migratória em 2015.
O tribunal da UE rejeitou a opinião da Hungria de que a crise migratória, quando milhões de pessoas fugiram do Oriente Médio e do Norte da África para a Europa, era uma justificativa para violar as regras da UE em nome da ordem pública.
Durante o pico da crise, Orban ordenou que a fronteira sul da Hungria fosse selada, bloqueando uma rota para centenas de milhares de migrantes e prendendo pessoas nas chamadas zonas de trânsito de migrantes em suas fronteiras até maio deste ano.