A OTAN tem monitorado os céus da Moldávia enquanto mais de 40 líderes europeus participam de uma cúpula perto das fronteiras da Ucrânia para mostrar apoio a ambos os países enquanto Kiev prepara uma contra-ofensiva contra a invasão russa.
Moldávia
A OTAN tem estado de olho nos céus da Moldávia enquanto os líderes europeus se reúnem
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A reunião dos 27 estados membros da UE e 20 outros países europeus em um castelo nas profundezas da região vinícola da Moldávia, a apenas 20 km (12 milhas) do território ucraniano, representa um desafio organizacional e de segurança para um país de 2.5 milhões de pessoas espremido entre a Ucrânia e um membro da OTAN estado Romênia.
As aeronaves de vigilância dos Sistemas de Alerta e Controle Aéreo da OTAN (AWACS) vigiarão os céus sobre o local da cúpula até sexta-feira (2 de junho), informou a aliança em um comunicado.
Destroços de mísseis da guerra na Ucrânia foram encontrados na Moldávia várias vezes desde que a Rússia invadiu o país, 15 meses atrás.
“ONATO AWACS pode detectar aeronaves, mísseis e drones a centenas de quilômetros de distância, tornando-os uma importante capacidade de alerta precoce”, disse a porta-voz da OTAN, Oana Lungescu.
Com Kiev se preparando para uma contra-ofensiva usando armas ocidentais recentemente adquiridas para tentar expulsar os ocupantes russos, grande parte do foco da cúpula será a Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, foi convidado para a cúpula.
"A presença desses líderes em nosso país é uma mensagem clara de que a Moldávia não está sozinha e nem nossa vizinha Ucrânia, que há um ano e três meses se opõe à invasão bárbara da Rússia", disse. Presidente Maia Sandu disse a repórteres ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
TENSÃO DE KOSOVO
A UE também pretende usar a cimeira para enfrentar as tensões na norte do Kosovo entre a maioria albanesa no poder e a minoria sérvia, que explodiu em violência nos últimos dias, levando a OTAN a enviar mais 700 soldados de paz para lá.
O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que pediu ao primeiro-ministro de Kosovo, Albin Kurti, na Eslováquia, na quarta-feira (31 de maio), que faça sua parte para desarmar a crise e espera transmitir a mesma mensagem ao presidente sérvio Aleksandar Vucic na Moldávia.
“Precisamos desescalar. Temos que desarmar”, disse Borrell a repórteres em Chisinau na noite de quarta-feira.
"Fomos longe demais e os níveis de violência que testemunhamos no início desta semana precisam parar imediatamente. Caso contrário, a situação pode se tornar muito perigosa."
A cúpula também abordará uma série de questões estratégicas, desde energia até segurança cibernética e migração.
Também oferece uma oportunidade para abordar outras tensões na Europa, inclusive entre o Azerbaijão e a Armênia, cujos líderes manterão conversas com o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e autoridades da UE.
A Moldávia, como a Ucrânia, se inscreveu para ingressar na UE no ano passado, logo após a invasão russa, e Chisinau planeja usar a cúpula para mostrar reformas e convencer os líderes a abrir negociações de adesão o mais rápido possível.
A Moldávia recebeu mais refugiados ucranianos per capita do que qualquer outro país, enquanto os preços dos alimentos e da energia disparavam como resultado do conflito.
O governo acusou a Rússia de tentar desestabilizar o país de língua romena por meio de sua influência sobre o movimento separatista em sua região separatista da Transdniestria, de língua russa.
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