A proliferação nuclear
'Barulho de sabre' nuclear: Por que a Rússia está ameaçando novamente? — Insights de análise

Em meio a novas ameaças de Vladimir Putin sobre o uso do míssil balístico “Oreshnik” contra “centros de tomada de decisão em Kiev”, o projeto War of Words, uma ferramenta alimentada por IA para monitorar e analisar a propaganda da TV russa, lançou uma análise da dinâmica da retórica nuclear na televisão russa de janeiro de 2022 a novembro de 2024. O estudo ilustra como as ameaças nucleares são empregadas para influenciar o público doméstico e internacional, particularmente durante eventos importantes na guerra contra a Ucrânia, escreve Guerra de palavras.
Más notícias para a Rússia provocam nova onda de ameaças nucleares na TV
Dados de monitoramento mostram que os picos nas discussões sobre armas nucleares na televisão russa e nos meios de propaganda estão intimamente relacionados aos principais eventos da guerra, incluindo:
Março de 2022 — um pico de 541 menções da palavra “nuclear” em 3 de março de 2022: A Rússia justificou sua invasão alegando uma suposta ameaça da Ucrânia restaurar seu potencial nuclear e acusando o Ocidente de planos de implantar armas nucleares na Ucrânia. Isso coincidiu com a crise em torno da Usina Nuclear de Zaporizhzhia.
Outono de 2022 — um pico de 628 menções da palavra “nuclear” em 24 de outubro de 2022:A intensificação das ameaças nucleares em agosto-setembro alinhou-se com a contraofensiva das Forças Armadas Ucranianas na região de Kherson, a sabotagem da Ponte da Crimeia e a restauração do controle da Ucrânia sobre as rotas marítimas.
Fevereiro-março de 2023 — um pico de 825 menções da palavra “nuclear” em 21 de fevereiro de 2023 e 809 menções em 27 de março de 2023:Uma onda de retórica ocorreu após a emissão de um mandado de prisão contra Vladimir Putin pelo Tribunal Penal Internacional e ações de sabotagem do Corpo de Voluntários Russos na região de Bryansk.
Julho de 2023 — um pico de 675 menções da palavra “nuclear” em 5 de julho de 2023:O início da contraofensiva da Ucrânia e dos ataques de drones contra Moscou, incluindo um ataque ao Kremlin, desencadeou outra onda de ameaças.
Primavera de 2024 — um pico de 737 menções da palavra “nuclear” em 2 de fevereiro de 2024 e 766 menções em 13 de março de 2024:Esse pico coincidiu com uma série de ataques bem-sucedidos de drones ucranianos contra refinarias de petróleo russas.
Maio de 2024: Outro pico de 722 menções da palavra “nuclear” ocorreu em 6 de maio de 2024. Esse aumento se alinhou com relatos sobre a Ucrânia preparando uma nova contra-ofensiva, o que aumentou as tensões no campo de batalha e na mídia. O Kremlin provavelmente ampliou a retórica nuclear como uma resposta preventiva às ações militares antecipadas da Ucrânia, visando dissuadir o apoio ocidental à Ucrânia e criar um clima de medo.
Agosto – setembro de 2024 com um pico de 698 menções da palavra “nuclear” em 26 de setembro de 2024, coincidindo com a escalada das tensões na linha de frente e as operações da Ucrânia na região de Kursk.
Novembro de 2024 — o pico mais recente de 656 menções da palavra “nuclear” em 22 de novembro de 2024, segue o anúncio de que a Ucrânia recebeu permissão para realizar ataques em território russo. Esse desenvolvimento provavelmente desencadeou uma retórica nuclear intensificada como uma tática reacionária do Kremlin para dissuadir novas ações ucranianas e alertar os aliados ocidentais sobre o potencial de uma escalada severa.
“A intensificação da retórica nuclear é uma ferramenta sistemática da propaganda russa que visa incutir medo e intimidar os aliados ocidentais da Ucrânia e a comunidade internacional. Ao usar frequentemente termos como 'armas nucleares', 'guerra', 'greve' e 'catástrofe', os propagandistas buscam semear incerteza e ansiedade. Este tópico continua central para a narrativa da propaganda russa, servindo como uma ferramenta para aumentar as tensões e visando reduzir o apoio à Ucrânia, impedir uma paz justa e afirmar o “direito” da Rússia à agressão com base apenas em sua posse de armas nucleares”, explica Volodymyr Borodyansky, fundador da Guerra de palavras serviço de pesquisa sobre propaganda russa e ex-ministro da Cultura, Juventude e Esportes da Ucrânia.
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Guerra de palavras continua a acompanhar a evolução da retórica nuclear da Rússia para expor e neutralizar narrativas propagandísticas projetadas para desestabilizar a comunidade internacional e justificar sua própria agressão.
Guerra de palavras é a primeira ferramenta de IA em inglês com um arquivo de 12 anos de propaganda russa, atualizado diariamente, permitindo a análise de mais de 100,000 horas de conteúdo de áudio e vídeo da TV, Telegram ou RuTube com apenas alguns cliques.
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