Rússia
Equipe da AIEA parte em direção à usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia
As forças russas capturaram a usina logo depois de lançarem sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro e está perto das linhas de frente. A Rússia e a Ucrânia trocaram acusações de disparos de projéteis que colocaram em risco a usina.
Uma testemunha disse que a equipe da AIEA partiu de Kyiv em um comboio de veículos. A missão está sendo liderada pelo chefe da AIEA, Rafael Grossi, e vem após extensas negociações.
"Agora estamos finalmente nos movendo após seis meses de esforços árduos", disse Grossi a repórteres antes do comboio partir, acrescentando que a missão planeja passar "alguns dias" no local.
"Temos uma tarefa muito importante a realizar - avaliar as situações reais, ajudar a estabilizar a situação o máximo que pudermos".
Não ficou claro quando a equipe da AIEA chegaria à maior usina nuclear da Europa e quando realizaria sua inspeção. Ambos os lados da guerra relataram nos últimos dias bombardeios regulares nas proximidades.
"Vamos para uma zona de guerra, vamos para um território ocupado e isso requer garantias explícitas, não apenas da federação russa, mas também da Ucrânia. Conseguimos garantir isso", disse Grossi.
Ele disse que a AIEA espera estabelecer uma missão permanente na usina, que está sendo administrada por técnicos ucranianos.
"Essa é uma das coisas mais importantes que quero fazer e vou fazer", disse ele.
Os Estados Unidos pediram o fechamento completo da usina e pediram uma zona desmilitarizada em torno dela.
A agência de notícias Interfax citou um funcionário do governo de Zaporizhzhia indicado pela Rússia dizendo na quarta-feira que dois dos seis reatores da usina estavam funcionando.
Yevgeny Balitsky, chefe da administração instalada na Rússia, disse à Interfax que os inspetores da AIEA "devem ver o trabalho da estação em um dia".
A Ucrânia na terça-feira (30 de agosto) acusou a Rússia de bombardear um corredor que funcionários da AIEA precisariam usar para chegar à usina, em um esforço para fazê-los viajar pela Crimeia, anexada à Rússia. Não houve resposta imediata da Rússia.
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