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Bielorrússia

Eleições #Belarus causaram agitação popular

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Poucos dias após as eleições presidenciais na Bielo-Rússia, o país encontra-se em estado de instabilidade e vazio político. Órgãos oficiais declararam vitória esmagadora de Lukashenko sobre seus concorrentes, 80% contra 10% da dona de casa Tikhanovich, escreve Alexi Ivanov, correspondente em Moscou.

Opositores do governo, incluindo a própria Svetlana Tikhanovich, não reconheceram esses resultados e até contestaram os resultados das eleições na Comissão Central de Eleições controlada por Lukashenko. Svetlana Tikhanovich, temendo perseguição e possível prisão, fugiu para a Lituânia, onde seus filhos já vivem para sua segurança. O marido dela ainda é um prisioneiro de consciência e está detido em Minsk.

Após o anúncio dos dados oficiais sobre os resultados da votação, segundo as autoridades, começaram as ações de protesto em toda a Bielo-Rússia. Eles continuam até hoje, apesar da brutalidade sem precedentes das autoridades.

Lukashenko, que governou o país por 26 anos como um ditador ao estilo africano, está se agarrando ao poder com o que resta de suas forças. Em sua opinião, todos os protestos são o resultado de conluio externo e manipulação dos oponentes de Minsk. Ele culpa a Polônia, a República Tcheca, a Lituânia e, é claro, a Rússia pela agitação.

A Rússia é há muito tempo o principal fator de instabilidade na Bielo-Rússia, segundo autoridades oficiais de Minsk. O escândalo com a detenção de 33 cidadãos russos que foram declarados "mercenários" em Minsk pela suposta empresa militar privada Wagner abalou há muito a frágil e dolorosa atmosfera das relações russo-bielorrussas. Minsk parece ter feito tudo para acusar Moscou de abandonar as relações fraternas, que agora, de acordo com Lukashenko, são de natureza pragmática de "parceira".

Existem muitas razões para tais afirmações. O ponto principal é que Minsk, em certo estágio, considerou que o desejo insistente da Rússia de se unir à Bielo-Rússia levaria à perda total da soberania do Estado desta. Minsk, como sabem, recusou a possibilidade de tal União, que está prevista no Tratado de criação do Estado-União, assinado em 1999.

A Bielorrússia tem beneficiado da generosa assistência económica e financeira da Rússia durante muitos anos, mas esta não tem sido a base para a prosperidade de um país com indicadores económicos muito modestos.

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No ano passado, Moscou eliminou os subsídios para o fornecimento de petróleo e gás à Bielo-Rússia, o que causou histeria em Minsk. As repetidas tentativas de Lukashenko de negociar com Putin falharam. Minsk anunciou perdas multimilionárias no orçamento devido às ações de Moscou. Mas a pergunta pairou no ar.

Voltando às eleições na Bielorrússia, importa referir que o resultado da votação foi denunciado pela maioria da UE e pelos EUA. É claro que a máquina estatal totalmente controlada por Lukashenko não poderia produzir nenhum outro resultado.

Infelizmente, temos de admitir que as principais vítimas desta situação são os pacientes e trabalhadores da Bielorrússia.

Não há dúvida de que, com a ajuda das forças especiais da polícia, Lukashenko suprimirá a raiva popular e fará com que ela perdure por mais 5 anos. Mas o que será do país?

A Bielorrússia está há muito tempo em isolamento internacional e sob sanções. É lógico que a UE e os EUA endurecerão essas sanções.

No entanto, Minsk não parece estar muito chateado com isso. Putin parabenizou Lukashenko por sua vitória nas eleições. Isso significa que Minsk tem uma nova chance de sobreviver e continuar seu curso.

Mas o que acontecerá com o povo da Bielorrússia? O povo ainda deve permanecer em silêncio por causa do paraíso fantasmagórico prometido pelo chefe?

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O EU Reporter publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do EU Reporter.

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