Rússia
Rússia realiza desfile do Dia da Vitória em meio a forte segurança após ataques de drones
O Dia da Vitória é um dos feriados mais importantes da Rússia, quando as pessoas comemoram os enormes sacrifícios feitos pela União Soviética durante a chamada Grande Guerra Patriótica de 1941-45, na qual morreram cerca de 27 milhões de cidadãos.
Este aniversário é ainda mais carregado de emoção, já que a Rússia lamenta milhares de soldados mortos na guerra de quase 15 meses na Ucrânia, que não mostra sinais de terminar.
A Rússia também está se recuperando de ataques de drones, incluindo um no Kremlin em 3 de maio, que disse ser uma tentativa de assassinar o presidente Vladimir Putin. A Ucrânia, que deve lançar em breve uma contra-ofensiva para retomar a terra, nega envolvimento.
Putin repetidamente comparou a guerra na Ucrânia - que ele descreve como uma batalha contra nacionalistas de inspiração "nazista" - ao desafio que a União Soviética enfrentou quando Hitler invadiu o país em 1941.
Kiev diz que isso é absurdo e acusa a Rússia de se comportar como a Alemanha nazista ao travar uma guerra de agressão não provocada e tomar o território ucraniano.
Espera-se que Putin, seu ministro da Defesa e outros altos funcionários revisem o desfile da Praça Vermelha, que geralmente inclui tanques, lançadores de mísseis intercontinentais e tropas em marcha.
No entanto, refletindo as crescentes preocupações de segurança causadas em parte pelos ataques de drones, as autoridades cancelaram o viaduto tradicional. Também houve relatos de menos soldados e menos equipamento militar participando do desfile deste ano, já que o conflito na Ucrânia cobra um alto preço de homens e equipamentos.
Autoridades de todo o país cancelaram as procissões do "Regimento Imortal", onde as pessoas carregam retratos de parentes que lutaram contra os nazistas.
'FRONTEIRAS SAGRADAS'
Putin fará um discurso na Praça Vermelha, onde se juntará a líderes de várias ex-repúblicas soviéticas. No discurso do ano passado, ele não fez nenhuma menção à Ucrânia, mas criticou a aliança militar da Otan por se expandir para as fronteiras da Rússia e saudou o heroísmo soviético em resistir a Hitler.
Desde então, a Finlândia - que faz fronteira com a Rússia - também aderiu à OTAN.
"Que ninguém mais invada as fronteiras sagradas de nossa pátria", disse o patriarca Kirill, chefe da poderosa Igreja Ortodoxa Russa e aliado próximo de Putin, enquanto depositava flores na segunda-feira no túmulo do soldado desconhecido no centro de Moscou.
"Mas para que assim seja, nosso país deve ser forte porque um país que se teme não é atacado."
Questionado na segunda-feira (8 de maio) sobre o cancelamento de alguns eventos do Dia da Vitória, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, culpou a Ucrânia: "Quando temos que lidar com um estado que é de fato um patrocinador do terrorismo, então é melhor tomar medidas de precaução."
Além do ataque ao complexo do Kremlin, Moscou também culpa a Ucrânia por ataques de drones na semana passada em depósitos de combustível, trens de carga e múltiplo alvos na Crimeia, que a Rússia anexou à força da Ucrânia em 2014.
Moscou também acusou Kiev e o Ocidente de realizar um carro-bomba no sábado (6 de maio) que feridos um proeminente escritor nacionalista russo, Zakhar Prilepin.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, irritou a Rússia na segunda-feira ao em movimento o dia em que seu país marca a vitória aliada sobre a Alemanha nazista a 8 de maio, alinhando-a com as nações ocidentais em repúdio ao seu passado soviético.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou Zelenskiy de "traidor", dizendo que ele traiu a memória dos ucranianos que morreram lutando contra os nazistas.
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