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# UE-Ucrânia: Diferentes reações públicas ao referendo holandês sobre o acordo de comércio Ucrânia
Os eleitores na Holanda rejeitaram em referendo um acordo de parceria da UE para remover as barreiras comerciais com a Ucrânia. A votação foi amplamente vista na Holanda como um teste da opinião pública em relação à UE.
O comparecimento foi baixo, 32.2%, mas acima do limite de 30% para a votação ser válida. O acordo foi rejeitado por 61.1% dos votos, em comparação com 38.1% a favor.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse que o governo pode ter que reconsiderar o acordo, embora a votação não seja vinculante.
O ministro do Interior holandês, Ronald Plasterk, aceitou que o gabinete precisaria considerar o resultado, mas acrescentou que o governo pode precisar rever a lei do referendo de 2015 que desencadeou a votação de quarta-feira. O limite mínimo pode ser baseado no número de eleitores, e não na porcentagem, sugeriu ele.
"Minha opinião é que se o comparecimento for superior a 30%, com essa vitória para o campo do 'Não', a ratificação não pode prosseguir sem discussão", disse Rutte em uma reação televisionada. É também uma vergonha para o governo holandês que atualmente detém a presidência rotativa da UE.
O resultado cria uma dor de cabeça para o governo holandês, já que o parlamento holandês aprovou o acordo de associação da UE com a Ucrânia no ano passado. Todos os outros estados membros da 27 EU já ratificaram o acordo.
O presidente da Comissão Européia, Jean-Claude Juncker, descreveu as apostas na corrida para a votação como sendo altas, alertando que uma votação do Não poderia desencadear uma crise mais ampla no bloco membro da 28.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, insistiu que seu país "continuaria nosso movimento em direção à UE. Tenho certeza de que estrategicamente este evento não é um obstáculo no caminho da Ucrânia em direção à Europa".
Geert Wilders, que lidera o Partido da Liberdade anti-UE e anti-Islã, disse que o resultado foi "o começo do fim para a UE".
Um dos eurocéticos holandeses por trás do referendo, Thierry Baudet, disse que pode haver mais votos no futuro, cobrindo o euro, as fronteiras abertas e qualquer futuro acordo comercial da UE com os Estados Unidos.
O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, também pareceu saudar o resultado, tweetando que era uma indicação da atitude europeia em relação ao sistema político da Ucrânia.
O governo russo se opôs veementemente ao acordo da UE com a Ucrânia e foi amplamente considerado que pressionou o então presidente Viktor Yanukovych a rejeitá-lo em novembro de 2013. A decisão de Yanukovych gerou protestos em Kiev que acabaram levando à sua queda.
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