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Perspectivas para o convite da Ucrânia à OTAN

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Uma cúpula da OTAN acontecerá em Vilnius em 11 e 12 de julho. O mundo aguarda ansiosamente como será resolvida a questão do convite da Ucrânia à Aliança, Despachos, IFBG.

Deve-se notar que conceder um convite à Ucrânia seria uma decisão estratégica muito boa para a Aliança e para todo o Ocidente coletivo. A Ucrânia - tendo recebido garantias de segurança e apoio oficial - se tornará um ator geopolítico e econômico sério e, consequentemente, a OTAN e o Ocidente terão um parceiro confiável que compartilha seus valores.

Um convite para ingressar na OTAN aceleraria muito o processo de reforma da Ucrânia em várias áreas, especialmente defesa e segurança. Dado que mais de 82% dos ucranianos apoiam a adesão à OTAN, tal movimento também fortaleceria a democracia no país, consolidaria ainda mais as ambições da população e impulsionaria a implementação dos valores ocidentais.

Curiosamente, os ucranianos não estão sozinhos em receber a Ucrânia na OTAN. Uma percentagem muito grande de cidadãos dos estados membros da Aliança é a favor de tal alargamento. Além do fato de 21 estados membros do bloco apoiarem o processo de admissão imediata da Ucrânia, os moradores também compartilham da opinião dos políticos. De acordo com os resultados da pesquisa sociológica, conduzida pelo centro "Nova Europa", a proporção percentual de entrevistados que apóiam a participação da Ucrânia na OTAN já na cúpula de Vilnius é a seguinte: americanos - 70%, franceses - 56%, holandeses - 55%, italianos - 53%, alemães - 50%. Como pode ser visto, mais da metade dos entrevistados foi a favor, enquanto houve muito poucas respostas negativas.

Uma vez que a OTAN defende valores democráticos, os estados membros são obrigados a considerar os desejos de seus próprios cidadãos.

Embora os céticos vejam a Ucrânia como um receptor de assistência financeira de longo prazo, com o fim da guerra vem um período de reconstrução. Este período será economicamente interessante para o Ocidente, pois só no último ano foram realizadas inúmeras negociações com investidores estrangeiros. Eles estão prontos para trabalhar. Mas a maioria deles quer garantias de segurança. É um convite à NATO que serviria como a demonstração menos dispendiosa e mais rentável das melhores garantias para estes investidores.

Entre outras coisas, um convite à Ucrânia para ingressar na OTAN com subseqüente adesão plena demonstraria à maioria dos refugiados ucranianos que é possível voltar para casa com segurança. Muitos dos que fugiram do país estão simplesmente com medo de voltar e levar seus filhos de volta para casa, onde o bombardeio cínico de cidades pacíficas ocorre quase todos os dias. Já na cimeira de Vilnius, os membros da Aliança poderão demonstrar ao mundo o seu apoio ao povo ucraniano e dar-lhes a tão esperada oportunidade de planear o seu futuro.

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Ao contrário, se o convite à Ucrânia não for estendido, a Rússia receberá um forte sinal de que sua sangrenta política de invasão não será punida e poderá conter a expansão da OTAN. O Kremlin, como antes, verá a Ucrânia como moeda de troca. Por sua vez, a Aliança irá desacreditar-se não só aos olhos do povo ucraniano, mas também entre os seus próprios cidadãos, que apoiam de todo o coração a expansão da OTAN.

A adesão da Ucrânia à OTAN desempenharia um papel fundamental no fortalecimento da arquitetura de segurança da Europa. A paz e a segurança a longo prazo do continente europeu dependem do fornecimento de garantias pela Ucrânia. Dado que o exército ucraniano é de longe o maior e mais pronto para o combate da Europa, a OTAN seria prudente em aproveitar a oportunidade para fortalecer sua posição. Afinal, o exército russo não consegue derrotar as Forças Armadas ucranianas há mais de um ano. A sinergia da UAF com as forças da OTAN criaria uma força que poderia manter a Rússia em seu lugar e garantir uma paz sustentável e duradoura.

Ao fornecer à Ucrânia garantias de segurança e seu apoio, a OTAN negará todas as ideias imperialistas da Rússia e demonstrará a impossibilidade de um segundo ataque. A Ucrânia mostrou determinação e destemor ao longo do último ano e meio. É hora de o mundo livre deixar de lado seus medos e apresentar uma frente unida em apoio à Ucrânia.

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O EU Reporter publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do EU Reporter.

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