ártico
Dinamarca acusa China, Rússia e Irã de espionagem
A Dinamarca alertou na quinta-feira (13 de janeiro) sobre uma crescente ameaça de espionagem da Rússia, China, Irã e outros, inclusive na região do Ártico, onde as potências globais estão lutando por recursos e rotas marítimas. escreve Jacob Gronholt-pedersen.
O Serviço de Segurança e Inteligência Dinamarquês disse que houve vários exemplos de tentativa de espionagem na Dinamarca, cujo papel global ativo ajudou a torná-la um alvo tentador.
"A ameaça de atividades de inteligência estrangeira contra a Dinamarca, Groenlândia e as Ilhas Faroe aumentou nos últimos anos", disse Anders Henriksen, chefe de contra-inteligência do Serviço de Segurança e Inteligência Dinamarquês, em um relatório.
A Groenlândia e as Ilhas Faroe são territórios soberanos sob o Reino da Dinamarca e também membros do fórum do Conselho do Ártico. Copenhague lida com a maioria de seus assuntos estrangeiros e de segurança.
O relatório citou um incidente de 2019 de uma carta falsa supostamente do ministro das Relações Exteriores da Groenlândia a um senador dos EUA dizendo que um referendo de independência estava prestes a acontecer.
"É muito provável que a carta tenha sido fabricada e compartilhada na Internet por agentes de influência russos, que queriam criar confusão e um possível conflito entre Dinamarca, EUA e Groenlândia", afirmou.
A embaixada russa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Moscou zombou das recentes acusações de espionagem do Ocidente.
O Ártico tem crescente importância geopolítica, com Rússia, China e Estados Unidos disputando acesso a recursos naturais, rotas marítimas, pesquisa e áreas militarmente estratégicas.
O relatório dinamarquês também disse que os serviços de inteligência estrangeiros - inclusive da China, Rússia e Irã - estão tentando fazer contato com estudantes, pesquisadores e empresas para aproveitar informações sobre tecnologia e pesquisa dinamarquesas.
A Reuters descobriu em novembro que um professor chinês da Universidade de Copenhague realizou pesquisas genéticas com militares chineses sem divulgar a conexão.
"A participação ativa da Dinamarca no cenário internacional, a crescente globalização e competitividade internacional, a abertura geral da sociedade, a digitalização e um alto nível de conhecimento tecnológico são fatores que tornam a Dinamarca um alvo atraente das atividades de inteligência estrangeiras", disse o relatório.
Também não houve resposta imediata das embaixadas chinesa ou iraniana.
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