EU
TTIP: Ombudsman aprecia maior transparência nas negociações comerciais internacionais
Provedora de Justiça Europeia Emily O'Reilly (foto) congratulou-se com o anúncio do Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, de que as futuras negociações comerciais e, em particular, as negociações em curso com os EUA sobre a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) serão mais transparentes e abertas ao envolvimento das partes interessadas. Isto surge depois da recomendação do Provedor de Justiça de tornar essas negociações mais transparentes e do reconhecimento pelas próprias instituições da UE dos fracassos anteriores em tais negociações comerciais.
O'Reilly disse: "Estou satisfeito que as instituições da UE não assinaram acordos de confidencialidade excessivamente restritivos nas negociações da TTIP, como foi o caso no contexto das negociações do Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA). Além do legítimo necessidade de certos documentos permanecerem confidenciais em negociações tão importantes, o público precisa saber sobre a situação dos acordos comerciais que afetarão em última instância suas vidas diárias. "
Lições aprendidas com as negociações do ACTA
Em dezembro de 2011, 28 associações de direitos civis digitais de 18 países europeus conhecidas como European Digital Rights (EDRi) queixaram-se ao Provedor de Justiça sobre a recusa do Parlamento Europeu (PE) em divulgar vários documentos relativos às negociações do ACTA. O PE explicou que estava vinculado por um acordo de confidencialidade, negociado pela Comissão.
O Provedor de Justiça aceitou esta explicação, mas aconselhou o Parlamento a assegurar que a Comissão e o Conselho não assinem acordos de confidencialidade no futuro que possam prejudicar a capacidade do Parlamento de deliberar abertamente sobre essas questões.
Em sua carta ao Ombudsman, o Presidente Schulz explicou que, no contexto das negociações da TTIP, nenhum acordo de confidencialidade foi assinado com os EUA. Em vez disso, os negociadores comprometeram-se a implementar as regras de acesso da UE aos documentos. Schulz escreveu que a Comissão deu um passo sem precedentes de publicar documentos importantes no início do processo de TTIP e convidou as partes interessadas a apresentarem suas opiniões. Ele prometeu continuar a lembrar à Comissão que uma abordagem pró-ativa é necessária para manter o público informado sobre o andamento de todas essas negociações.
A carta do presidente Schulz é disponível aqui.
O Provedor de Justiça Europeu investiga queixas sobre má administração nas instituições e órgãos da UE. Qualquer cidadão da UE, residente ou uma empresa ou associação num estado membro, pode apresentar uma reclamação ao Provedor de Justiça. O Provedor de Justiça oferece um meio rápido, flexível e gratuito de resolver problemas com a administração da UE.
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