Conflitos
Ucrânia: os eurodeputados exortar UE para ajudar resgate financeiro, mas decretar sanções específicas também
A UE deve ajudar a Ucrânia com ajuda financeira urgente e, ao mesmo tempo, aplicar sanções específicas contra os responsáveis pela violência no país, disseram os eurodeputados em uma resolução aprovada em 27 de fevereiro. Os principais desafios que a Ucrânia enfrenta são construir um diálogo construtivo entre as forças políticas, manter sua integridade territorial, combater a corrupção e organizar eleições livres e justas.
Para ajudar a Ucrânia a enfrentar o agravamento das dificuldades econômicas e de balança de pagamentos, a UE e as organizações financeiras internacionais devem oferecer um pacote de resgate financeiro de curto e longo prazo para apoiar as reformas necessárias, dizem os eurodeputados, que apelam à UE para assumir a liderança na organização de uma conferência internacional de doadores para arrecadar dinheiro.
Manter sanções
A UE deve decretar proibições de viagens e congelar os bens da UE dos responsáveis pela violência na Ucrânia, conforme acordado pelos Estados-Membros da UE em 20 de fevereiro, diz a resolução. Os eurodeputados também apelam aos países da UE para impedirem a saída de dinheiro "desviado" da Ucrânia. Aqueles que abusaram de seus poderes e são responsáveis por crimes contra cidadãos ucranianos deveriam enfrentar julgamentos independentes, diz o texto. Um organismo internacional independente deve investigar as violações dos direitos humanos, acrescenta.
Perspectivas da Ucrânia na UE
A resolução reitera que a UE está pronta para assinar um acordo de associação e um acordo comercial com a Ucrânia, assim que a crise política for resolvida. Mas a parceria não é "o objetivo final da cooperação UE-Ucrânia", acrescenta. Os eurodeputados assinalam que o Tratado da UE permite a qualquer país europeu, incluindo a Ucrânia, candidatar-se à adesão à UE, desde que respeite a democracia, as liberdades fundamentais e os direitos humanos e das minorias, e garanta o Estado de direito.
Lute contra a corrupção, mas evite a caça às bruxas
A UE também deve ajudar o novo governo da Ucrânia a combater a "corrupção endêmica" que impede o desenvolvimento da Ucrânia, afirmam os eurodeputados.
A resolução também insta todas as partes a não cederem ao "espírito de vingança", mas sim a se engajarem em um diálogo político inclusivo para construir compromissos e evitar "retaliações extrajudiciais".
Os novos líderes da Ucrânia devem se distanciar dos extremistas e evitar provocações que possam alimentar "movimentos separatistas", alertam os eurodeputados, acrescentando que devem respeitar os direitos das minorias no país, incluindo o direito de usar o russo e outras línguas minoritárias. recente ataque à sede do Partido Comunista da Ucrânia.
Eleições livres e justas
Os eurodeputados sublinham que as eleições presidenciais de 25 de maio têm de ser credíveis, livres e justas. Eles apelam ao Parlamento ucraniano (Verkhovna Rada) para aprovar a legislação eleitoral necessária, incluindo uma nova lei sobre o financiamento dos partidos políticos. A Ucrânia também deve realizar eleições legislativas antes do final deste ano, acrescentaram.
A Rússia deve respeitar as fronteiras da Ucrânia
Os eurodeputados apontam que a Rússia se comprometeu a defender a integridade territorial da Ucrânia no "memorando de Budapeste" assinado com os EUA e o Reino Unido em 1994. No mesmo ato, também se comprometeu a abster-se de exercer pressão económica sobre a Ucrânia para subordiná-la ao seu próprios interesses.
Procedimento: Resolução não legislativa
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