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#Eleição em Montenegro: Partidos de oposição têm uma minúscula maioria
Os partidos da oposição em Montenegro conquistaram uma maioria frágil na eleição do ex-país iugoslavo, sugerem os resultados oficiais. escreve Guy de Launey.
O partido pró-Ocidente do antigo presidente Milo Djukanovic venceu a maior parte dos votos no domingo, mas ficou uma cadeira abaixo da maioria.
Seu Partido Democrático dos Socialistas (DPS) está no poder há 30 anos.
Com quase todos os votos apurados, existe a possibilidade de a oposição formar um governo tecnocrático.
A Frente Democrática (DF) é o maior partido da oposição, mas suas políticas de direita e relações estreitas com a Sérvia e a Rússia não são compartilhadas por outros partidos.
O presidente Djukanovic diz que ele e seu partido respeitarão os resultados e a "vontade democrática livre" do povo de Montenegro, mas aguardarão o resultado final.
O que fortaleceu a oposição?
Com 99.65% dos votos contados, o DPS ganhou 35.1% enquanto o DF teve 32.51%. Peace is Our Nation, uma aliança de oposição de partidos centristas, ficou em terceiro lugar com 12.5% e outra aliança liderada pelo partido verde United Reform Action com 5.53%.
Divisões sobre a poderosa Igreja Ortodoxa Sérvia dominaram a campanha.
Houve meses de protestos desde que uma lei foi adotada em dezembro permitindo ao estado confiscar bens religiosos quando sua propriedade histórica não pôde ser provada.
A Igreja exortou as pessoas a votarem contra o DPS.
Qual é o pano de fundo?
Montenegro permaneceu aliado em uma união com a Sérvia até 2006 - muito depois da ex-Iugoslávia se ter dissolvido em Estados independentes.
O presidente Djukanovic, 58, está no cargo desde 1990.
Nos anos mais recentes, ele foi fundamental para garantir a adesão de Montenegro à Otan em junho de 2017 e tem liderado esforços contínuos para se tornar membro da União Europeia.
Os montenegrinos que se identificam como sérvios étnicos respondem por cerca de um terço da população de 630,000 habitantes do país, de acordo com os últimos dados do censo.
E como a maioria dos montenegrinos são membros da Igreja, sua influência é considerável.
A oposição acusou Djukanovic e seu partido de terem ligações com o crime organizado e governar o país como uma autocracia.
Djukanovic negou isso e disse que a oposição, com o apoio da Rússia e da Sérvia, está tentando minar a independência do país.
Durante a votação parlamentar anterior em 2016, as autoridades disseram ter frustrado um golpe planejado orquestrado por agentes russos e um grupo de nacionalistas sérvios.
Um tribunal em Montenegro no ano passado entregou cinco anos de prisão para dois políticos da oposição pró-Rússia descobriu estar envolvido na trama.
A Rússia considerou a investigação absurda e a oposição de Montenegro a chamou de operação de "bandeira falsa" - um ato falso que visa incriminar um oponente - para manter Djukanovic no poder.
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