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NSA pergunta: MEP chumbo apresenta conclusões preliminares

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20131217PHT31114_originalO Parlamento Europeu deve consentir em um acordo comercial com os EUA apenas se não fizer referência à proteção de dados, afirma seu Comitê de Liberdades Civis nas conclusões preliminares de sua investigação sobre a vigilância de cidadãos da UE pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) e membro Estados Unidos, apresentado pelo líder MEP Claude Moraes (S&D, Reino Unido) em 18 de dezembro. O projeto de texto também apela à rápida criação de uma «nuvem» de armazenamento de dados da UE e de recurso judicial para os cidadãos da UE protegerem os seus dados nos EUA.

O projecto de conclusões de Moraes reconhece a importância do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) para o crescimento económico e o emprego na UE e nos EUA. Mas o Parlamento Europeu deve concordar com o acordo apenas se não contiver referências às disposições sobre proteção de dados, acrescenta o projeto de texto. "Precisamos garantir que proteções fortes de privacidade de dados sejam obtidas separadamente do TTIP", disse Moraes a MPEs envolvidos no inquérito do Comitê de Liberdades Civis.

Sinais políticos claros de que os EUA entendem a diferença entre aliados e adversários também são necessários, diz o esboço do documento, que insta as autoridades dos EUA a elaborar um código de conduta para garantir que nenhuma espionagem seja perseguida contra as instituições e instalações da UE.

Suspender acordos 'Safe Harbor' e TFTP

A Comissão Europeia deve suspender os princípios de 'porto seguro' (padrões de proteção de dados que as empresas dos EUA devem cumprir ao transferir dados de cidadãos da UE para os EUA) e renegociar novos padrões de proteção de dados adequados, afirma o projeto.

O braço executivo da UE também é instado a suspender o acordo do Terrorist Finance Tracking Programme (TFTP) com os EUA até que uma "investigação completa" seja realizada para restaurar a confiança no acordo. O projecto também sublinha que as consultas recentemente concluídas pela Comissão se basearam unicamente nas garantias dos EUA.

'Vamos para uma nuvem da UE'

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 O projeto também apela ao rápido desenvolvimento de uma “nuvem” de armazenamento de dados da UE para proteger os dados dos cidadãos da UE. Qualquer um desses dados armazenados nas nuvens das empresas americanas pode ser potencialmente acessado pela NSA, observa. Uma nuvem da UE garantiria que as empresas aplicassem os elevados padrões das regras de proteção de dados da UE e também há uma vantagem econômica potencial para as empresas da UE neste campo, acrescenta.

Reparação judicial dos cidadãos da UE

 O projeto congratula-se com o desejo da Comissão de ter o acordo-quadro de proteção de dados UE-EUA (o denominado acordo abrangente) aprovado até à primavera de 2014, a fim de garantir uma ação judicial aos cidadãos da UE quando os seus dados pessoais são transferidos para os EUA. Presentemente, os cidadãos da UE não gozam de direitos de reparação judicial completos e recíprocos, porque o acesso aos tribunais dos EUA é garantido apenas aos cidadãos dos EUA ou residentes permanentes. Concluir essas negociações restauraria a confiança nas transferências de dados transatlânticas, diz Moraes.

Reformar as regras de proteção de dados e proteger os denunciantes

Os Estados-Membros devem começar a trabalhar imediatamente para alcançar um acordo entre o Parlamento e o Conselho de Ministros sobre a reforma da protecção de dados até ao final da 2014, diz o projecto. O texto pede melhor proteção legal dos denunciantes, mas também aponta que a supervisão adequada “não deve depender de jornalistas e denunciantes”.

Segurança de TI: software de código aberto poderia ajudar

 As revelações do ex-contratado da NSA Edward Snowden revelaram uma enorme fraqueza na segurança de TI das instituições da UE, enfatizou Moraes. O projecto de resolução propõe que as capacidades e opções técnicas do Parlamento sejam devidamente avaliadas, incluindo as possíveis utilizações de software de código aberto, armazenamento em nuvem e mais utilização de tecnologias de encriptação.

Próximos passos

Os deputados terão agora a oportunidade de apresentar alterações ao projecto de resolução. Ele será colocado em votação pela Comissão de Liberdades Civis no final de janeiro e pelo Parlamento como um todo na 24-27 de fevereiro.

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O EU Reporter publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do EU Reporter.

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