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O 'Sim' da Truss impulsiona a nova iniciativa do fórum europeu de Macron

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A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, juntou-se à cúpula inaugural de um grupo pan-europeu nesta semana. Essa iniciativa foi idealizada pelo presidente francês Emmanuel Macron, que alguns descartaram como uma mera conversa.

Praga acolherá a cimeira da Comunidade Política Europeia (EPC). Incluirá 27 líderes da União Europeia.

A participação de Truss na reunião de quinta-feira dará ao Reino Unido a oportunidade de criar um novo fórum europeu dentro do país após o Brexit. Também poderia desviar o foco da turbulência financeira e política doméstica.

Um diplomata europeu disse que os britânicos usaram uma estratégia pragmática: "Se é impossível 'matar' uma iniciativa estranha, é melhor se envolver profundamente e direcioná-la à sua maneira".

Diplomatas afirmam que o propósito do EPC pode não ser claro. Muitos duvidam, pois há tantos na mesa, tanto inimigos quanto amigos, que durará. No entanto, abordará as questões com as quais todos eles se preocupam: segurança, energia e imigração.

O principal objetivo de Macron é dar as boas-vindas aos países candidatos à UE que estão perdendo a paciência de esperar para se juntar ao bloco. Isso irá contrariar as tentativas da Rússia e da China de ganhar poder nas margens leste e sul do continente.

Um funcionário francês afirmou que um dos objetivos é poder dizer ao Kosovo e à Albânia que podemos fazer coisas juntos, e eles não precisam depender da Rússia ou da China para investimento.

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Macron teme que o longo caminho para a adesão à UE possa desencorajar os países dos Balcãs Ocidentais, o que incentivaria o populismo e o eurocepticismo.

Os franceses acham importante ter um fórum para discutir segurança com a Grã-Bretanha, outra grande potência militar da Europa, e energia com a Noruega, que atualmente ajuda a Europa a se livrar do gás russo.

"BLÁ BLÁ"

As ideias grandiosas de Macron sobre uma família feliz na Europa não são amplamente compartilhadas.

A proposta foi inicialmente vista com desconfiança pelos países do Leste Europeu e pela Ucrânia, em particular. Eles suspeitavam que fosse uma trama da França para mantê-los no "purgatório", recusando-se a admitir mais países na UE.

As autoridades francesas negaram isso e fizeram de tudo para tranquilizá-los.

"No início, tínhamos medo de que o EPC pudesse ser uma alternativa ao membro da UE, mas como ele se desenvolve agora, não acredito", disse um diplomata da Europa Oriental.

No entanto, as expectativas permanecem baixas.

O diplomata do Leste Europeu afirmou que seria apenas mais um fórum de blá blá para discutir... mas que depois de algumas reuniões pode acabar sem grande sucesso.

"Há muitos países que têm muitos interesses. Como você pode ter a Sérvia enquanto fala sobre a Rússia?" Como você pode combinar Turquia e Grécia/Chipre? Como a Armênia e o Azerbaijão podem estar na mesma mesa?

A França está bem ciente do fato de que, sem uma agenda clara, muitas pessoas sentem que a cúpula será pouco mais do que uma grande foto de família com líderes no Castelo de Praga.

Ainda estava satisfeito que a Ucrânia tivesse oferecido sugestões sobre como o EPC deveria ser, e a Moldávia se ofereceu para sediar sua segunda cúpula.

Um diplomata francês afirmou que iniciativas concretas poderiam ser desenvolvidas a partir do fórum. Isso inclui cooperação universitária após a saída da Grã-Bretanha do programa de intercâmbio Erasmus e tarifas de roaming gratuitas entre os países membros.

Diplomatas europeus acreditam que a iniciativa tem o benefício de aproximar o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, da Europa e afastar a Rússia.

Embora inicialmente ofendidos com a hesitação francesa, os turcos acabaram recebendo um convite. Eles comparecerão, mas alertam a UE para não acreditar que Ancara abandonará suas ambições de se juntar ao clube. Há 23 anos, abriu negociações de adesão com a UE.

Alguns diplomatas europeus recordam outra iniciativa francesa que Nicolas Sarkozy lançou há dez anos com grande alarde. Foi perdido no tempo.

Um diplomata do Báltico disse que seria semelhante à União Mediterrânea. Não terá muito sucesso ou impacto real.

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O EU Reporter publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do EU Reporter.

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