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Protegendo as fronteiras da UE: 'Salvar vidas deveria ser obrigatório'
A tragédia na costa de Lampedusa em 3 de outubro, quando centenas de refugiados morreram afogados, gerou apelos por uma abordagem mais humana da migração na Europa para evitar que o Mediterrâneo se tornasse o 'cemitério da Europa'. Para o conseguir, estão a ser atualizadas as regras das missões de busca e salvamento conduzidas pela Frontex, a agência da UE para a segurança das fronteiras externas. O Parlamento Europeu discutiu os detalhes com Carlos Coelho (foto), um português membro do grupo do PPE que escreveu um relatório sobre o assunto.
Quais são as medidas exatas que serão implementadas? O que vai ser diferente?
Há uma grande mudança: os governos estabeleceram regras não vinculativas para as missões de resgate, mas como o Tribunal de Justiça declarou a decisão inválida por fundamentos jurídicos, queremos tornar essas regras obrigatórias. Alguns Estados membros não parecem estar felizes com isso, mas depois da última tragédia, alguns primeiros-ministros disseram: "Não podemos deixar o Mediterrâneo se tornar um cemitério da Europa." Tudo relacionado a salvar vidas deve ser obrigatório.
Alguns países vizinhos estão intensificando os controles de fronteira na região atingida pela crise humanitária. Seremos capazes de evitar mais tragédias se o número de refugiados que vêm pelo mar aumentar?
Estamos fortalecendo as regras para termos uma abordagem humana. Para além das regras da missão de busca e salvamento, destacamos a necessidade de não permitir o desembarque de imigrantes em países terceiros, onde podem estar em perigo de vida.
Para resolver esses problemas, temos que reforçar a ajuda humanitária e ao desenvolvimento, fornecendo soluções pacíficas para as crises. Se não conseguirmos, veremos muitas pessoas procurando refúgio na UE. Ainda precisamos fazer mais. Caso contrário, nenhuma força poderia evitar novas tragédias.
O comitê de liberdades civis votará o relatório em 9 de dezembro.
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