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O Provedor de Justiça faz sugestões para melhorar a responsabilização do trabalho da Frontex
O Provedor de Justiça fez uma série de sugestões à Frontex para melhorar a responsabilização das suas operações e para garantir que as pessoas sabem que existe um mecanismo de reclamação que podem utilizar em caso de violação dos seus direitos fundamentais.
As sugestões surgem na sequência de um inquérito de iniciativa própria de seis meses que avalia como a Frontex implementou as novas regras - em vigor desde novembro de 2019 - no seu mecanismo de reclamações e no Oficial para os Direitos Fundamentais.
O inquérito revelou que o mecanismo de queixas tratou de um número muito reduzido de queixas (22 queixas admissíveis até janeiro de 2021), uma vez que foi criado em 2016 e nenhuma delas dizia respeito às ações de membros do pessoal da Frontex.
O Provedor de Justiça considerou que o baixo número de queixas poderia dever-se a fatores como falta de conhecimento, receio de repercussões negativas ou falta de empenhamento dos agentes da Frontex destacados, que poderiam desempenhar um papel mais ativo na transmissão das queixas.
O inquérito também documenta os atrasos na implementação das alterações introduzidas em 2019, incluindo a nomeação de 40 monitores dos direitos fundamentais, bem como a fraca cooperação entre o Agente para os Direitos Fundamentais e as autoridades nacionais.
O Provedor de Justiça observou que, quando se trata de relatórios sobre incidentes graves (estes têm um procedimento separado mais complexo), o papel do Oficial para os Direitos Fundamentais é menos proeminente do que quando se trata de queixas apresentadas com o mecanismo de queixas.
O Provedor de Justiça considerou que o Diretor Executivo deve agir com base nas recomendações do Agente para os Direitos Fundamentais e observou que as decisões do Diretor Executivo sobre as queixas apresentadas pelo Agente para os Direitos Fundamentais podem ser contestadas perante o Provedor de Justiça Europeu.
Para introduzir mais responsabilidade e transparência, o Provedor de Justiça propôs que a Frontex deixasse claro aos seus funcionários que deveriam aceitar e transmitir quaisquer queixas que recebessem, e que os materiais informativos da Frontex afirmam que os queixosos não seriam penalizados por apresentarem queixas.
O Provedor de Justiça solicitou também à Frontex que considerasse a aceitação de queixas anónimas e que revisse as suas regras para definir medidas claras e inequívocas para lidar com queixas sobre violações das regras sobre o uso da força.
A Frontex foi também solicitada a melhorar as informações que disponibiliza ao público, incluindo a publicação de todos os relatórios anuais do Responsável pelos Direitos Fundamentais, que no futuro deverão incluir uma secção sobre as ações concretas tomadas pela Frontex e pelos Estados-Membros em resposta às recomendações do Fundamental Oficial de direitos.
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