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A UE precisa de uma política alimentar abrangente - o quadro atual não conduz a sistemas alimentares sustentáveis, avisa #EESC
O atual quadro da UE não é suficiente para uma transição para sistemas alimentares mais sustentáveis. É urgentemente necessária uma política alimentar abrangente para melhorar a coerência entre as áreas políticas relacionadas com a alimentação, restaurar o valor dos alimentos e garantir a implementação efetiva dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, afirmou o Comité Económico e Social Europeu (CESE) na sua sessão plenária na quarta-feira (6 de dezembro).
Na plenária, que contou com a presença do Comissário responsável pela Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, o CESE adoptou um parecer de iniciativa apelando a uma política alimentar europeia abrangente, com o objetivo de fornecer dietas saudáveis a partir de sistemas alimentares sustentáveis e vincular a agricultura à nutrição e aos serviços ecossistêmicos, garantindo ao mesmo tempo cadeias de abastecimento que protejam a saúde pública de todas as pessoas na Europa.
“Os desafios que temos pela frente obrigam-nos a reinventar a política alimentar europeia e torná-la mais abrangente, respeitando toda a cadeia de abastecimento”, afirmou Peter Schmidt, relator do parecer. "Precisamos trazer mais justiça ao mercado e precisamos fazer as pessoas entenderem o valor dos alimentos."
O Comissário Andriukaitis congratulou-se com o parecer muito oportuno do CESE e sublinhou a importância do apoio da sociedade civil na política alimentar, especialmente quando se trata de combater o desperdício alimentar e os problemas de saúde.
O CESE afirmou que tal deveria ser alcançado através de medidas importantes a nível da UE, como:
· Manter e promover uma cultura que valorize a importância nutricional e cultural dos alimentos, estabelecendo laços mais estreitos entre produtores e consumidores e garantindo preços justos aos produtores para que a agricultura se mantenha viável;
· ccriar um ambiente propício para as iniciativas da sociedade civil que estão florescendo em nível local e regional (por exemplo, sistemas alimentares alternativos, cadeia curta de abastecimento de alimentos, etc.);
· ddesenvolver um Plano de Ação sobre Sustentabilidade Alimentar com o objetivo de implementar os ODS relacionados com a alimentação acompanhados de um painel de avaliação alimentar sustentável da UE, que forneceria indicadores para monitorizar o progresso no cumprimento das metas estabelecidas;
· explorando a criação de uma Direcção-Geral da Alimentação dedicada que seria responsável pelas políticas relacionadas com a alimentação e pela fonte de regulação, legislação e aplicação.
Uma política alimentar moderna e abrangente deve complementar, mas não substituir, uma PAC reformulada. Também deve atender a vários critérios, como qualidade dos alimentos, saúde, meio ambiente, economia sólida e boa governança. "A Europa precisa definir os padrões", destacou Schmidt.
Por último, mas não menos importante, os consumidores precisam ser ensinados a se tornarem "cidadãos (responsáveis) alimentares", conscientes do valor de alimentos produzidos de forma sustentável e saudáveis. Isso deve ser apoiado por um sistema inteligente de rotulagem sustentável de alimentos. "Embora seja importante focar nos aspectos nutricionais e de saúde, também precisamos informar os consumidores sobre o impacto ambiental e social dos alimentos", disse Schmidt.
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