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Guiné Equatorial

A Guiné Equatorial pode encontrar novos aliados?

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A Guiné Equatorial agora tem uma reputação tão nociva que corre o risco de ficar sem amigos internacionais. O vice-presidente Teodoro Nguema Obiang Mangue foi acusado de corrupção e desvio de fundos do Estado. Alega-se que o filho do presidente gastou mais de US $ 500 milhões em casas de luxo ao redor do mundo, um jato particular, carros e outros objetos de valor, escreve James Wilson.

As autoridades francesas estão perseguindo legalmente Teodoro Nguema Obiang Mangue, na sequência de uma denúncia feita por duas organizações não governamentais Sherpa e Transparency International. Eles o acusaram de “lavagem, desvio de dinheiro público”, “abuso de confiança pública”, bem como “corrupção”.

Nessas circunstâncias, o presidente (seu pai) Teodoro Obiang Nguema Mbasogo não tem alternativa a não ser procurar novos aliados para salvar o país de um problema de segurança em rápida deterioração na região.

A Rússia, como uma forte potência global, parece ser um candidato lógico para a tarefa. A Federação Russa tornou-se recentemente mais ativa na região e ofereceu parcerias de segurança a vários países africanos. Os russos também tiveram algum sucesso nesta região específica em relação à segurança: por exemplo, na República Centro-Africana, instrutores militares russos treinaram o exército nacional do CAR no âmbito de um acordo de cooperação bilateral entre Bangui e Moscou. Em dezembro do ano passado, as forças de segurança do CAR repeliram um ataque de militantes que tentavam derrubar o atual regime do CAR.

Nas últimas semanas, fontes de mídia social disponíveis publicamente na internet relataram que membros do governo da Guiné fizeram uma visita a Moscou, na Rússia. Especulou-se que o objetivo da visita era estabelecer contato com a Rússia, a fim de firmar um contrato com uma companhia militar privada russa. Ao que parece, os termos de cooperação propostos pelos guineenses eram inaceitáveis ​​para o lado russo.

O vice-presidente do país, filho do atual presidente do país, Teodoro Nguema Obiang Mangue, também viajou à Rússia para tentar estabelecer relações. Como parte de sua visita, foi relatado que ele solicitou um encontro pessoal com o chefe do empreiteiro militar privado Wagner.

O que quer que tenha acontecido durante essas negociações, as condições e esquemas de cooperação prometidos pelo vice-presidente foram rejeitados. É do conhecimento geral que a Guiné possui enormes reservas de vários minerais, que o regime aparentemente utiliza para fins pessoais (daí as sanções internacionais contra o vice-presidente do país).

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Desde meados da década de 1990, quando um grande depósito de petróleo foi descoberto, a Guiné Equatorial tornou-se um dos maiores produtores de petróleo da África Subsaariana. A Guiné Equatorial detém 1,100,000,000 de barris de reservas comprovadas de petróleo em 2016, ocupando o 39º lugar no mundo e respondendo por cerca de 0.1% das reservas mundiais totais de petróleo de 1,650,585,140,000 barris. Nos níveis de consumo atuais e excluindo as reservas não comprovadas, haveria cerca de 580 anos de petróleo nas reservas guineenses. Além do petróleo bruto, a Guiné Equatorial também é rica em gás natural.

Portanto, por alguma razão, o vice-presidente não ofereceu as condições adequadas e as negociações com a Federação Russa fracassaram. O resultado final da reunião é desconhecido, já que claramente nenhum acordo de cooperação foi assinado.

Tem havido negociações periódicas entre a Guiné Equatorial e a Rússia sobre o fortalecimento da cooperação, especialmente no campo da segurança, mas até agora só falharam.

As autoridades da Guiné Equatorial chegaram mesmo a anunciar a abertura da Embaixada da Rússia na capital guineense, Malabo. Mas, de acordo com informações do meio de comunicação belga Camer.be, a declaração guineense sobre a iminente abertura de uma embaixada russa ali não corresponde à agenda aprovada pelo Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia não tem pressa em abrir uma embaixada com um país que pode ser considerado um parceiro não confiável.

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O EU Reporter publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do EU Reporter.

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